Wednesday, January 7, 2009

Ardil

Não durmo enquanto durmo. No segredo do breu planeio um ardil inglório para sobreviver ao clarão dos primeiros raios de sol, e ao óbice que nasce a cada dia. A luz fere-me como mil espinhos, e o ar prende-me os movimentos. Sinto em mim o peso de mil sequóias, mas não me sinto capaz de ter uma ínfima porção da sua longevidade...parece que desfaleço já amanhã!
Mas, é mesmo assim: o que não nos mata, faz-nos mais fortes. E os espinhos não me matarão, a luz não me cegará e o ar tornar-se-à leve...sim, eu ficarei mais forte...espero! Tão forte que podia abraçar mil sequóias!...Será este mais um ardil?