The boyz

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What lies beneath

Under a shiny cape of color and beauty, lies an awful truth. No silky touch or smooth voices, only roughness and imperfection. No one can tell but it's there, hidden from the light and the fresh wind. And you still see it as a marvelous thing that came from somewhere so wonderful you will never know...


To the all the disappointed...

Que flor seria eu?

Se lhe saiu esta flor no teste, significa que é uma pessoa tímida, insegura e até mesmo medrosa. A sua falta de auto-estima chega a provocar-lhe um nó no estômago e a gerar-lhe suores frios, quando se vê envolvida em situações menos confortáveis.

Relaxe mais e liberte-se. Só dessa forma vai conseguir ganhar mais confiança em si.

Humm...não fiquei nada bem nesta "foto"...

Sentido de Humor

Será mesmo?

Espaço (quase) vazio

Li um artigo sobre Buzz Aldrin em que se relatava o seu declínio desde a alunagem, em 1969. Dizia ele que procurou desde cedo preencher "o espaço vazio deixado...bem, pelo Espaço". Refugiou-se na bebida e chegou a perder muito do que tinha ganho. Suponho que sentisse falta da adrenalina, acredito até que poderá ter ficado dependente dela.
Porém, é fácil imaginar que nunca mais na vida nenhuma sensação o terá preenchido tanto como aquela. Nenhuma visão tão esplêndida como a que ele teve quando olhou cá para baixo. Por isso, nada mais lhe parecia à altura daquele momento inigualável. Tudo seriam meras insignificâncias.
Buzz parece ter-se reencontrado, felizmente. Mas, o Espaço continua a ser demasiado grande para ser preenchido...

Ossos do Ofício?

Pirilampos

Os meus neurónios estão numa escuridão tal, que agradeciam uns pirilampos!

Um dia aconteceu

Só para lembrar que em 2005 eu estive lá, a realizar um sonho da adolescência. Parece ridículo, mas quando tinha 15 ou 16 anos nunca pensaria que este sonho se tornaria realidade. E se temos a oportunidade de realizar um sonho antigo, seja ele qual for, porque não?
Este é apenas um pequeno fragmento do concerto já que eu na altura não tinha como filmar decentemente...

BSB forever? hehe

A idade não perdoa

"Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ideias próprias. Aos 20 anos dizem-nos que somos muito espertos, mas que não venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que ninguém mais tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficiente sabedoria para já não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos."

Mia Couto, Venenos de Deus, Remédios do Diabo

"E esta, hein?"

A alegria

"Olá Xana é só para dizer que a Carolina disse-nos que a tua prenda foi a melhor que ela teve,e em segundo lugar um jogo que nós lhe demos todo em madeira.
Hoje depois do almoco não a via aqui em baixo,depois apareceu toda perfumada e tinha posto creme,mas vinha mais do que contente porque o creme tem brilhantes,só queria que visses a alegria dela....até fiquei com lágrimas nos olhos...
E perguntou: Mamã, tenho brilhantes na cara?Isto é mesmo muito bom,eu amo muito a minha madrinha e queria estar agora na Madeira,disse ela. Depois eu disse: isso é muito bom, a madrinha fica contente quando souber,e também te ama muito.Ficou toda contente."

E eu também fiquei... Love U girl!

"Morrendo e aprendendo..."

Mais do que nunca me apercebo que o barato pode definitivamente sair caro! Entre outras situações muito mais desagradáveis que podem acontecer-nos, registar-se num site porque permite download de imagens sem copyright, e depois descobrir que aquelas que não são pagas são obviamente as que ninguém quer, é mesmo frustrante! E pronto, é apenas mais um site com os meus dados!
Vá lá que ainda consegui esta imagem...

Hora de Despertar

Se na próxima hora posso já não estar cá, será que estou a tornar cada segundo que passa, digno de merecer o seguinte?

Dedicação

Snoopy - morto pela ignorância do povo.

"A dog is the only thing on earth that loves you more than he loves himself."

Josh Billings(1818-1885)
Smashing Magazine

Artista?

Previsão Meteorológica

Sentada na tempestade contemplo o horizonte que oferece ilhas desenhadas num fundo de luz, e que promete que mais tarde a chuva irá parar.

Sono?

Sapatos...a quanto obrigam?

A que se deve a paixão feminina pelos sapatos? Todas as mulheres parecem ficar num estado de transe cada vez que se deparam com uma montra, onde o objecto de exposição são uns meros pares de sapatos. Segundo o Wikipédia: Sapato é a peça do vestuário que possui a finalidade de proteger os pés. Nos países frios, o mocassim e as botas servem como protetores e aquecedores para os pés, ao passo que, nos países mais quentes, usa-se mais a sandália e o chinelo, protegendo o pé, mas sem o abafar. Hoje, esta peça transcendeu sua finalidade inicial e serve como adorno e acessório de moda, tendo também uma função social.
Somos capazes de caminhar de forma estranha, como se sofressemos de alguma doença que nos limita os movimentos. Prestamo-nos ao papel de ficar com bolhas descomunais e dedos espremidos quase até ao tutano. Caminhamos de forma quase estrepitosa sobre a calçada madeirense, tentando não cair e mantendo sempre a aparência de que caminhamos sobre nuvens. Somos até capazes de mal nos segurarmos de pé tal é a dor, mas se gostamos dos sapatos, não podemos deixar de usá-los! É essa a "magia" que um belo sapato exerce sobre cada uma de nós.

Imagem retirada de: Victoria Secret

Regar com Leite

Vídeos Público

Mas que forma mais escusada de protestar! Com tanta gente a morrer de fome...

Ah, eu bem dizia...:)

Sono

Encontro-me numa batalha inglória para manter os olhos abertos. Engraçado que segundo a revista Sábado: Ninguém consegue combater o sono, nem numa questão de morte...

"Pseudo Verdade"

Até quando estou aborrecida, sou divertida!

Estou...

A trabalhar na coisa menos interessante à face da Terra.

Lembro-me...

Todos os dias da vida têm algum significado. Mesmo que as acções decorridas ao longo de todas aquelas 24h tenham sido automáticas e inconscientes. Não há é forma de deslindar que efeitos poderão ter, no futuro que se aproxima a passos largos.
Lembro-me de coisas tão insignificantes, como das mais marcantes e traumatizantes. Lembro-me da minha mãe de vestido verde alface justo à barriga proeminente, à espera do meu segundo irmão. Lembro-me das palavras, perfeitamente previsíveis, que ela disse à minha tia quando ele nasceu: "É um menino!" Lembro-me depois das quedas que ele deu, das lágrimas que chorou...e do medo que senti.
Lembro-me da minha avó a enrolar-me o cabelo nos dedos enrugados e quentes, enquanto víamos um qualquer programa de fim de tarde, numa altura em que também não tínhamos muita escolha (diga-se, nenhuma). Lembro-me de acordar de noite com os gemidos dela, porque cãibras lhe atacavam os músculos das pernas. Dava-lhe uma massagem e ouvia-a respirar de alívio.
Lembro-me da minha tristeza e sensação de vazio cada vez que as minhas tias, a quem eu adorava, emigravam. A casa da minha avó, apesar de pequena, parecia sempre enorme e vazia depois da sua partida. Durante alguns anos foi sempre assim. Ficava a olhar para as paredes a lamentar-me de estar sozinha de novo. Lembro-me de quando finalmente regressavam e eu não me continha de tanta alegria! O Natal parecia mais Natal.
Lembro-me da boneca de cabelos cor de ouro, que a minha mãe me chamou para admirar e depois (e foi maldade, vá lá!) disse que estava vendida para outra pessoa. Lembro-me de mais tarde desembrulhar um presente, e descobrir que afinal aquela pessoa era eu!
Lembro-me de andar descalça por puro gozo. Nos dias de calor andava em cima da linha contínua na estrada (que hoje parece nunca ter existido) porque era mais fresca que o alcatrão. Lembro-me de ser obrigada a calçar uns sapatos brancos horríveis, não por serem brancos mas por serem simplesmente...feios!
Lembro-me de apostar que o meu terceiro irmão seria uma menina, para eu poder brincar com ela... E veio mais um rapaz, que eu não deixei de adorar!
Lembro-me de ter medo de dormir sozinha. Lembro-me de acreditar no Pai Natal. Lembro-me de eu e o meu irmão, aquele que partilhou comigo a infância, ficarmos extasiados ao ver a minha mãe passar bâton nos lábios. Fazíamos os mesmos gestos que ela sem notarmos quão ridículos devíamos parecer. Lembro-me de experimentarmos fazer chá de várias ervas...já só estava a faltar o chá de couve quando a minha mãe chegou!
Não sabia que devia guardar estes pequenos tesouros para mais tarde recordar. Era criança, e não sabia o valor de cada momento. Mas, a mente é incrível. Está tudo aqui dentro guardado, com cheiro a esquecimento e a naftalina, mas com uma vivacidade singular!

Sinto-me assim...

Só não chove.

Little Things

"Enjoy the little things in life...for one day you'll look back and realize they were the big things."

Robert Brault

Se...talvez...

Se eu fizer um pequeno esforço, talvez o tempo passe mais depressa. Se eu deixar de focar-me nos ponteiros do relógio, talvez fique agradavelmente surpreendida da próxima vez que desviar o olhar para contemplá-lo. Se deixar de olhar constantemente pela janela para o dia luminoso e quente que faz lá fora, talvez consiga apreciar que afinal aqui dentro está uma temperatura agradável. Se pensar que daqui a algumas horas vou sair para o ar fresco da rua, vou poder olhar o céu e correr, vou poder ver as montras e conversar com os amigos, talvez estar aqui sentada seja apenas um pequeno obstáculo. Se enganar a minha frustração e indecisão, talvez tome a atitude certa sem precisar respirar fundo. Se acreditar que um dia vou rir-me de toda esta minha ansiedade e desespero, talvez agora já consiga esboçar um sorriso, mesmo que ainda débil. Se pela manhã me levantar com energia talvez não me apeteça chorar, e regressar à cama.

Oh, já passaram mais que 2 minutos!

Which season are you?

Which season are you?


My Quiz Result: You are a mix of Spring and Fall. You are cool, intelligent, friendly and lovable.


Take this quiz: Which season are you?

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Isso significa que eu sou o meio termo?

53%

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Só?? :(

Ai...

Hoje nem tenho vontade de respirar! Vou suster a respiração o tempo suficiente para ficar zonza, e quem sabe talvez não sinta tanto o tédio...

Partida cósmica?

No dia seguinte à noite de Verão, em que as estrelas foram o pano de fundo ideal para uns momentos românticos, acordamos ambos com a garganta a doer!Partida cósmica?Se calhar não, mas sim falta de um casaco...

Noite de Verão

Se ainda subsiste algum cepticismo nas mentes mais néscias, sobre a perfeição do Cosmos, da Terra, basta esquecer as agruras do dia a dia e ir para a rua. Numa fresca e estrelada noite de Verão, olhar o céu pode acordar-nos da dormência, da insignificância das nossas preocupações, da nossa vida pequena e tão igual a tantas outras. Não há altura melhor para nos apercebermos da nossa pequenez, senão quando nos deparamos com a grandeza do universo, ou com a excelência daquilo que nos foi deixado por antepassados longínquos. E não há mal nenhum apercebermo-nos de que somos verdadeiramente pequenos. Isso poderá significar que passaremos a ter uma visão diferente da vida, mais ligada ao que é importante.
Estamos num lugar tão perfeito, e na maior parte do tempo não conseguimos desligar-nos do chão. Não conseguimos olhar para cima e abstrair-nos da nossa parte terrena e débil.
Numa noite de Verão a perfeição vem em escassos segundos, tão escassos que a exclamação “Olha!” se torna demasiado longa. A perfeição vem ainda pelo calor da mão que segura a nossa, e que também olha lá para cima com um brilho nos olhos.

Dedicado à pessoa que segurou a minha mão...

Amanhã II

Não acredito que já estou de volta...parece que afinal nunca saí!
Não há muito a dizer sobre as terras de Sua Majestade, tendo em conta que a estadia, um pouco de forma imprevisível, se tornou demasiado curta. Apenas afirmo que, na realidade, são mesmo terras sombrias! As suas sumptuosas construções estão em harmonia com esta condição, o que obviamente não lhes diminui a beleza.
E por falar em imprevisibilidade, a verdade é que o Futuro, por mais próximo que esteja, nunca é como o imaginamos. Para bem ou para mal há-de sempre surpreender-nos. Mas, é extraordinário como podemos habituar-nos às circunstâncias por mais obscuras que elas se apresentem. É incrível como os maus momentos, quando acontecem a outras pessoas, nunca parecem tão maus, até ao momento que nos tocam...mesmo que ao de leve.
Nunca saberei que palavras dizer para confortar alguém. Todas elas me parecem clichés, tão tolas e vazias. Não sei se há realmente alturas em que o silêncio é a melhor opção, mas para mim um abraço parece-me o caminho óptimo, sem "não chores" nem "vai correr tudo bem". Só a força do abraço para dizer que estou ali. Assim não há palavras em vão.
Creio que o amanhã poderá ser melhor que o amanhã de ontem...mesmo que desta vez os meus pés não saiam do chão.

Amanhã

Amanhã os meus pés deixam o solo madeirense. Aguardam-me as terras de sua majestade...:D Espero só que não sejam tão sombrias quanto dizem!

I'll keep in touch!

The boys

Porque está demais!Sorry, boys!

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The boys and Jowls!

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Coisas III

2,247,000How Many Germs Live On Your Keyboard?

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Chamem-me porca...

Coisas II

47

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Coisas

Resultados quando o tédio me ultrapassa...

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O sentido

Achei por bem escrever o significado desta palavra, para ver se o seu sentido tem menos efeito a afectar do meu sistema nervoso.

• Inércia - Falta de movimento ou de actividade!; Preguiça, indolência;Propriedade dos corpos que não podem alterar o seu repouso ou o seu movimento.

Bem, está visto que não consegui o meu propósito, pois já estou nervosa outra vez!

Antecipação

Vivo a antecipar a gota que me vai fazer transbordar...e envolver tudo em meu redor numa maré de Adeus!

A Verdade, a Mentira e o Casulo

Quando as palavras não descrevem o que sentimos, como nos vamos expressar? Irá o Mundo entender o que a alma não consegue libertar? Podemos para sempre encerrar em nós o que não deve estar enclausurado?
A mente será sempre o Casulo da Verdade e da Mentira, forjada para disfarces temporários. Estão ambas fechadas no mesmo espaço, comprimido e desordenado, porém são apartadas pelo seu próprio sentido, cabendo a cada Casulo escolher qual delas vai deixar nascer.
As circunstâncias não costumam beneficiar a expressão sincera dos sentimentos. Transpirar a Verdade é uma opção dolorosa e provavelmente, inglória. A Mentira é mais natural, e por isso não implica um esforço que muitas vezes não se quer fazer. O Silêncio vem em auxílio da Verdade, antecede-a quase sempre no seu despontar, mas tímido como é prolonga-se mais que o desejado e acaba por inibi-la. Outra vez, a Mentira vem...devagarinho...
Vou experimentar gritar para dentro. Quebro o Silêncio e talvez acorde a Verdade. A Mentira, será sempre a Mentira.
Só não me peçam para sorrir...

Frase do dia

O amor não se quantifica.

Cheira bem!

Cheira a mar e a calor! Cheira a protector solar e a escaldões onde ele não actua. Cheira a rua, a céu, a brisa e a gelados. Até ouço o bater das ondas!
Como o cérebro nos engana...

O sofá vermelho

Todos os dias pela manhã repetia um ritual que a levava a recuar vários anos no tempo. Antes de tudo, chorava. Chorava até ficar com os olhos completamente inchados e vermelhos, como pequenos vulcões numa erupção de lágrimas. O lençol ficava ensopado e cheio de ranho. Quando finalmente conseguia reter as lágrimas no seu depósito temporário, levantava-se e ia sentar-se no sofá onde ele lia o jornal enquanto comia uma maçã verde, como os seus olhos. Ficava ali sentada durante alguns minutos, tentando ver o mundo pela perspectiva dele...tentando sentir ainda o seu calor a emanar do velho sofá branco...bem, já um pouco bege. Não,não conseguia sentir o calor dele! O calor que sentia emanava de si, do seu corpo cheio de vida e sonhos perdidos.
Não tinha força para a sua corrida matinal. Não tinha carinho para dar ao cão. Não tinha energia para sorrir. Não tinha nada. Estava para ali a lamentar-se por algo que não podia emendar ou reverter, mas continuava com os pés presos no chão das lamúrias e com o pensamento no intangível.
Até que o cão, aquele ser que amava como a um membro da família, mas que relegara para segundo plano há já muito tempo, parecendo ter-se revoltado finalmente, num ataque de uma fúria estranha, mordeu-a ferozmente numa perna. Ela, no grito de dor que exalou, libertou todas as angústias e tristezas, tendo por fim sentido vontade de chorar por uma dor física, que não conseguia controlar para já, mas que um dia iria passar também. O cão libertara-a da sua dormência mental e física, dando-lhe uma prova de carinho de forma grosseira e momentaneamente dolorosa, mas sincera e eficaz.
No dia seguinte já não chorou porque não tinha tempo...tinha de ir fazer o curativo na perna. Deu uma longa caminhada pela praia...com o cão. E comprou um sofá novo...vermelho.

Sem título

Estou presa num lugar que não sei. Não tenho tempo para dormir, nem quero ficar acordada. Ir em frente sozinha aduz-se como um desafio ao qual posso não resistir, mas ficar retida no presente também não é alternativa.
Olho em redor e tudo o que os meus olhos vêm são impossibilidades, reticências...flutuações eternas numa atmosfera de hesitação.
Tenho gritos presos na garganta e lágrimas suspensas por fios de pudor. Mil espinhos cravam-se nas minhas têmporas, como se eu fosse um Cristo no feminino.
Aposto na rebelião. Opto pela fuga à seriedade dos momentos. Ninguém irá perceber...
Porque estou aqui,onde sempre estive.

Cheira a chuva!

Despertar das Memórias

Há gestos que sempre nos farão lembrar de alguém. De certa forma, é a eternidade de cada um em nós, na sua forma mais pura e também mais duradoura. Haverá sempre num recanto da mente um lugar reservado para as memórias mais simples, despertadas por um sorriso ou por uma palavra, por um movimento ou por uma lágrima. Simples actos, podem recriar momentos e conversas que há anos eram demasiado rotineiras para que se lhes reservasse um espaço na memória. Hoje trazem suspiros e melancolia. E mais que tudo, parecem tão longe e tão perto.

"Cuida da mulher que vai nascer, que eu vou cuidar da menina que sempre existirá dentro de ti!"

À Carolina, minha pineca! :)

A miúda em mim

Sim...chegou a data em que cumpri mais um ano de vida.
Parece estranho que os anos tenham passado tão depressa, e eu não seja mais aquela miúda que só deixou de brincar com bonecas por vergonha, e não porque algum dia tivesse deixado de gostar delas. Hoje, ainda as olho com nostalgia...estão ali abandonadas, sem a vida que outrora eu lhes concedia. Por vezes penso que um dia gostava de ter uma mini me só para podermos brincar juntas. É a miúda em mim a sobressair.
Olho para os meus pais e imagino o que sentirão: que eu já não sou a miúda que falava com as bonecas e as ervas, que acreditava veemente no Pai Natal, e que deixava a janela do quarto aberta durante a noite, para que seres mágicos por ela entrassem. Todavia, e acho que eles não sabem, ainda hoje tenho o hábito de miúda a dormir de cabeça quase tapada porque tem medo do escuro...Só que agora não é o medo do escuro que faz abafar-me toda, e sim o hábito. Um de tantos outros que fui adquirindo, fossem eles bons ou maus.
A verdade é que a Vida passa. Os anos que pareciam distantes aproximam-se a uma velocidade furiosa, e os que passaram parecem esbater-se nas brumas da minha memória.
Mas há coisas que nunca mudam. Há sempre uma miúda em mim pronta a correr descalça e a saltar pela erva alta. Sim, ainda quero uma casa de bonecas...

Caos Interior

Tanto tempo sem escrever...tanto tempo sem criar,nem exteriorizar o caos interior. Será que dentro de mim as borboletas cessaram o bater das asas para me trazer alguma paz? Estranho o que já se tinha entranhado. Começo agora a acreditar que no caos há magia, magia essa que se quebra quando me conformo e calo. Vou puxar as redes das minhas entranhas, para que as borboletas esvoacem livremente,e o caos enfim permaneça em mim.

Sonho

Quanto de nós podemos dar a um sonho? Quanto tempo podemos despender perdidos nos meandros dos desejos reprimidos pela pseudo eternidade da vida rotineira? Será que somos capazes de um dia viver o sonho? Capazes de quebrar a corrente que nos prende as asas...
O peso que nos prende ao chão é apenas uma ilusão em que nos obrigamos a acreditar desde sempre. Acreditamos de tal forma, que vamos deixando de usar as asas que nos foram dadas quando nascemos, de modo que elas se tornam cada vez mais fracas e pequenas, impedindo-nos de partir para grandes voos.
Um dia quando abrirmos os olhos de um sono profundo, essas asas estarão completamente incapacitadas e não nos servirão para voar, e sim para nos afundar mais na crença de que o sonho que acabamos de ter é impossível de concretizar.
Não podemos viver...da vida, simplesmente?Viver do sonho...? Tudo em nosso redor está feito para nos maniatar a mente...tudo está feito para que nós próprios nos privemos da liberdade de ser o que sonhamos, de fazer o que sonhamos, de partir para onde sonhamos!
Serei capaz de parar de sonhar?

Apocalypto II

Que caiam relâmpagos sobre as cabeças ocas e vis! Não haverá piedade para elas! Que os raios de luz destruam cada recanto mórbido e abjecto, desses altos cobertos (ou não) de cabelos sebosos e sem vida! Um dia, não conseguirei conter as minhas intermitentes implosões, e poucos hão-de sobreviver. Formarei então a minha própria horda para trazer a ruína a esses seres erectus, e poderei enfim voltar a apreciar o arco-íris que virá...

Ver Apocalypto

Tempo esquivo

Quanto há para descobrir lá fora?
Que rios há para percorrer, e que montanhas há para subir?
Que diferentes sóis queimarão a minha pele, e que luas banharão os meus cabelos de luar?
Quantos sorrisos há para receber?
Quantas vozes me falta ouvir?
Quantas vezes terei que acordar e não saber bem onde estou?
A angústia é crescente. Angústia de ter tanto para ver e sentir, e não ter tempo para tudo. Estar preso ao mesmo lugar durante anos,e descobrir a cada dia que aquele não é o mundo, que o mundo é lá fora e espera por mim.
Tempo esquivo. Passa silencioso e escorregadio...Limita-nos as acções e os desejos. Não terei tempo para ver tudo. Nunca teremos. Dão-se mil explosões dentro de mim,porque me apercebo que afinal quem disse o seguinte tinha razão:

"Life is a bitch and then...you die!"

Bem, e eu digo: So, you'd better start living!
Até porque as ameaças andam por aí, umas em formas que desconhecemos ainda, e outras em formas astronómicas...literalmente.E pensar que tudo pode acabar, e podemos nem ter tempo para nos aperceber disso!

Chuva em câmara lenta

Gotas que caem lentamente, pesando nas pétalas frágeis e imaculadas. Água que sacia e arrefece o calor dos corpos que jazem pela relva cortada de fresco. Pingos estagnados em cílios negros impedindo os olhos de abrir, para enfrentar a borrasca. A cavidade negra com rasgos de marfim, aberta para deixar inundar os orgãos nesse líquido precioso. Cada fio de cabelo ensopado até à origem...
Mas eis que um raio de luz se esforça por atravessar os montes de algodão, penetra na penumbra e seca a pele. É tempo de abrir as janelas e deixar entrar apenas o calor.

Hoje

Hoje é a celebração dos 9 anos do que a vida me podia dar de melhor...

Runaway

"Do you ever think about running away, 'cause I was thinkin' about leaving today(...) Do you ever think about not comin' back
Hoppin' on a train and we'll burn up the tracks, We'll jump off somewhere that we don't know how to say(...)

3 Doors Down - Runaway

Ardil

Não durmo enquanto durmo. No segredo do breu planeio um ardil inglório para sobreviver ao clarão dos primeiros raios de sol, e ao óbice que nasce a cada dia. A luz fere-me como mil espinhos, e o ar prende-me os movimentos. Sinto em mim o peso de mil sequóias, mas não me sinto capaz de ter uma ínfima porção da sua longevidade...parece que desfaleço já amanhã!
Mas, é mesmo assim: o que não nos mata, faz-nos mais fortes. E os espinhos não me matarão, a luz não me cegará e o ar tornar-se-à leve...sim, eu ficarei mais forte...espero! Tão forte que podia abraçar mil sequóias!...Será este mais um ardil?