Thursday, July 2, 2009

A Verdade, a Mentira e o Casulo


Quando as palavras não descrevem o que sentimos, como nos vamos expressar? Irá o Mundo entender o que a alma não consegue libertar? Podemos para sempre encerrar em nós o que não deve estar enclausurado?
A mente será sempre o Casulo da Verdade e da Mentira, forjada para disfarces temporários. Estão ambas fechadas no mesmo espaço, comprimido e desordenado, porém são apartadas pelo seu próprio sentido, cabendo a cada Casulo escolher qual delas vai deixar nascer.
As circunstâncias não costumam beneficiar a expressão sincera dos sentimentos. Transpirar a Verdade é uma opção dolorosa e provavelmente, inglória. A Mentira é mais natural, e por isso não implica um esforço que muitas vezes não se quer fazer. O Silêncio vem em auxílio da Verdade, antecede-a quase sempre no seu despontar, mas tímido como é prolonga-se mais que o desejado e acaba por inibi-la. Outra vez, a Mentira vem...devagarinho...
Vou experimentar gritar para dentro. Quebro o Silêncio e talvez acorde a Verdade. A Mentira, será sempre a Mentira.
Só não me peçam para sorrir...

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