Wednesday, September 30, 2009

Artista?

Previsão Meteorológica


Sentada na tempestade contemplo o horizonte que oferece ilhas desenhadas num fundo de luz, e que promete que mais tarde a chuva irá parar.

Thursday, September 24, 2009

Monday, September 21, 2009

Sapatos...a quanto obrigam?


A que se deve a paixão feminina pelos sapatos? Todas as mulheres parecem ficar num estado de transe cada vez que se deparam com uma montra, onde o objecto de exposição são uns meros pares de sapatos. Segundo o Wikipédia: Sapato é a peça do vestuário que possui a finalidade de proteger os pés. Nos países frios, o mocassim e as botas servem como protetores e aquecedores para os pés, ao passo que, nos países mais quentes, usa-se mais a sandália e o chinelo, protegendo o pé, mas sem o abafar. Hoje, esta peça transcendeu sua finalidade inicial e serve como adorno e acessório de moda, tendo também uma função social.
Somos capazes de caminhar de forma estranha, como se sofressemos de alguma doença que nos limita os movimentos. Prestamo-nos ao papel de ficar com bolhas descomunais e dedos espremidos quase até ao tutano. Caminhamos de forma quase estrepitosa sobre a calçada madeirense, tentando não cair e mantendo sempre a aparência de que caminhamos sobre nuvens. Somos até capazes de mal nos segurarmos de pé tal é a dor, mas se gostamos dos sapatos, não podemos deixar de usá-los! É essa a "magia" que um belo sapato exerce sobre cada uma de nós.

Imagem retirada de: Victoria Secret

Regar com Leite

Vídeos Público

Mas que forma mais escusada de protestar! Com tanta gente a morrer de fome...

Thursday, September 17, 2009

Wednesday, September 16, 2009

Sono

Encontro-me numa batalha inglória para manter os olhos abertos. Engraçado que segundo a revista Sábado: Ninguém consegue combater o sono, nem numa questão de morte...

"Pseudo Verdade"

Até quando estou aborrecida, sou divertida!

Tuesday, September 15, 2009

Estou...

A trabalhar na coisa menos interessante à face da Terra.

Wednesday, September 9, 2009

Lembro-me...


Todos os dias da vida têm algum significado. Mesmo que as acções decorridas ao longo de todas aquelas 24h tenham sido automáticas e inconscientes. Não há é forma de deslindar que efeitos poderão ter, no futuro que se aproxima a passos largos.
Lembro-me de coisas tão insignificantes, como das mais marcantes e traumatizantes. Lembro-me da minha mãe de vestido verde alface justo à barriga proeminente, à espera do meu segundo irmão. Lembro-me das palavras, perfeitamente previsíveis, que ela disse à minha tia quando ele nasceu: "É um menino!" Lembro-me depois das quedas que ele deu, das lágrimas que chorou...e do medo que senti.
Lembro-me da minha avó a enrolar-me o cabelo nos dedos enrugados e quentes, enquanto víamos um qualquer programa de fim de tarde, numa altura em que também não tínhamos muita escolha (diga-se, nenhuma). Lembro-me de acordar de noite com os gemidos dela, porque cãibras lhe atacavam os músculos das pernas. Dava-lhe uma massagem e ouvia-a respirar de alívio.
Lembro-me da minha tristeza e sensação de vazio cada vez que as minhas tias, a quem eu adorava, emigravam. A casa da minha avó, apesar de pequena, parecia sempre enorme e vazia depois da sua partida. Durante alguns anos foi sempre assim. Ficava a olhar para as paredes a lamentar-me de estar sozinha de novo. Lembro-me de quando finalmente regressavam e eu não me continha de tanta alegria! O Natal parecia mais Natal.
Lembro-me da boneca de cabelos cor de ouro, que a minha mãe me chamou para admirar e depois (e foi maldade, vá lá!) disse que estava vendida para outra pessoa. Lembro-me de mais tarde desembrulhar um presente, e descobrir que afinal aquela pessoa era eu!
Lembro-me de andar descalça por puro gozo. Nos dias de calor andava em cima da linha contínua na estrada (que hoje parece nunca ter existido) porque era mais fresca que o alcatrão. Lembro-me de ser obrigada a calçar uns sapatos brancos horríveis, não por serem brancos mas por serem simplesmente...feios!
Lembro-me de apostar que o meu terceiro irmão seria uma menina, para eu poder brincar com ela... E veio mais um rapaz, que eu não deixei de adorar!
Lembro-me de ter medo de dormir sozinha. Lembro-me de acreditar no Pai Natal. Lembro-me de eu e o meu irmão, aquele que partilhou comigo a infância, ficarmos extasiados ao ver a minha mãe passar bâton nos lábios. Fazíamos os mesmos gestos que ela sem notarmos quão ridículos devíamos parecer. Lembro-me de experimentarmos fazer chá de várias ervas...já só estava a faltar o chá de couve quando a minha mãe chegou!
Não sabia que devia guardar estes pequenos tesouros para mais tarde recordar. Era criança, e não sabia o valor de cada momento. Mas, a mente é incrível. Está tudo aqui dentro guardado, com cheiro a esquecimento e a naftalina, mas com uma vivacidade singular!