Não sei porque não vou lá para fora. Está um dia lindo e não há mesmo nada que me prenda aqui. No entanto, continuo sentada...de frente para a janela e de costas para a porta de saída. Porque ei-de continuar a ver o mundo através de um vidro, ainda por cima com persianas, se só me basta transpor a barreira feita de madeira e trinco, e sair? Que raio de âncora é esta que eu atirei ao meu mar?
2 comments:
Atrever-me-ia a responder ao teu dilema: não foste lá fora porque te sentias confortável e segura no teu espaço. A sociedade difundiu o medo, a insegurança, sentimo-nos avaliados pelos outros, por isso preferimos estar imersos no nosso mundo, inconscientes de que esse mundo é uma prisão, limita-nos, não nos permite fruir do esplendor da natureza. Quanto mais avançamos no conforto, mais nos distanciamos uns dos outros. Gostei da tua reflexão :)
Olá Duarte. Sim, concordo com a tua resposta ao meu dilema...Apesar de a realidade actual poder não nos ser favorável temos sempre receio de desafiá-la...
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